
Processos, avanços e recessos...
Data 11/09/2010 14:14:11 | Tópico: Poemas -> Introspecção
| Flor de lágrima que brota ao sol vazio está meu arrebol, sem estrelas. Vejo o mar do meu lençol sinto as ondas, apenas ao vê-las
e nasço...
O mar não inunda mais meu atol. Já sou ilha, protusa terra, pedacinho de mim que berra seio descoberto ao mar corpo livre, cabelo ao ar.
e venta...
Sempre em mim venta na maresia que corrói os anos nas brisas suaves, nas tormentas tudo move, enquanto meu coração aguenta.
e reajo...
E o sal lambe minha face rubra, magenta expressão daquelas que se esforça esforça, se encosta, roça e tenta (e acaba sempre pondo fogo pelas "venta")
e vivo...
Nas gotas do oceano salgado nas marés imprevisíveis de meu peito exagerado nas sensações "indizíveis" de meu córtex acelerado.
e morro...
Mas no fundo, bem no fundo tudo é graça,tudo é fumaça se desfaz, apenas passa em meu universo particular de intensidade e visão bassa.
e renasço...
no ponto exato de qualquer ato Onde pulse forte este ingênuo, sem sorte alijado consorte
(sempre, sempre à beira da morte)
Este meu coração mouco, (dizer-te bobo, para ti é pouco) és sim louco, perdido, sem bússula, sem norte...
E assim sou!
Um espectro que em letras se criou.
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