
a rosa da saia vermelha III
Data 11/09/2010 08:16:09 | Tópico: Contos
| (Continuação da minha historia)
Bem com o padre morto, a Rosa a chorar e eu com a confissão do toninho, é de esperar que vos conte ao pormenor o sonho do tonhinho. O defunto leva com ela os pecados dos outros, mas eu carrego a cruz pesada do vivo, do toninho.
A verdade é que a Rosa é um homem. Ninguém na aldeia sabe a não ser eu, o defunto e o tonhinho. Depois de ter ouvido a confissão toda, e do toninho me explicar que sentia atracção pela Rosa, é claro que até a mim, a gaja me coloca teso!Por momentos juro que me perco, mas outras vezes me dá um nojo... Mas não posso dizer a ninguém, senão, olha nem sei. Há uns tempos atrás vieram morar aqui para Ferneiros, a nossa aldeia uns poucos de casais estranjeiros, trouxeram alguns bens, compraram algumas propriedades e abriram o café. As pessoas de uma aldeia tão pacata sempre se supreendem com estas pessoas, sem saberem falar português, e eu nem sei escrever, dá para imaginar o mentão de besteiras que saem daquelas bocas. Bem isso foi há uns tempos, a Rosa ainda não cá vivia, e eu o toninho ainda eramos uns burros que nem sabiamos olhar para as catraias. Havia de vir logo uma trocada por instinto da natureza! A única que consegue pôr uma aldeia de pernas para o ar. Há coisas que não compreendo, se a Rosa é um Homem como é que ela tem seios? E bons. Ela anda pela moita toda ela abana, toda ela faz qualquer homem perder a cinto das calças. Será que o padre sabia?
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