
Estirpe
Data 28/08/2010 15:48:17 | Tópico: Poemas
| Plagas longínquas ao epitáfio do medo. O enaltecer das colunas aos beijos de marfim. Bebe aos enjôos a languidez das despedidas E lamba os dedos do anseio. Eu que mora você que padeça, Nós que nos agreguemos um ao lamento do outro. Choraremos em vão a latitude da liberdade que nos suportava. Brindaremos à longitude dos caminhos que não alcançamos. A de ser só nossas almas esse chacoalhar Assombrado e esse rugido de maquinas. Tudo que tenhamos dito é pungido de aspas, cólera, mormaço, Bens que findam e não se acabam. Ai! Como meu vicio é doce, Como é doce o vicio do mundo, Essa solidão milimetrada. Esse parentesco com a vertigem. “Pudor” disse-me uma vez uma velha mentecapta: “Poderás o que dizes ou qualquer dia amanhecera com a boca cheia de fuligem” E dês de então eu pondero o ponderar e a canalhice. Sonho meu, abraça as margens plácidas do meu vazio E faça meu medo criar asas. Faça meu enlevo criar harpas Faça de mim algo alem desse nada.
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