Que será, será...

Data 27/08/2010 04:30:33 | Tópico: Poemas

E martelou tanto que vida enfim se submeteu.
A realidade que lhe arremeteu para baixo
das armações de ferros e dos insanos berros ao nada.
Filosofia ultrapassada que na senescência vira festa,
infesta!
empesta
empresta
a vivacidade que nos atos não existe
mas tem, oh se tem, a palavra em riste!
E adianta?
Não sei...
mas o povo levanta e grita,
- Morte ao rei... Morte ao rei...
E assim vive-se em pantomima uma nova imaginária era ao som da hipocrisia que berra
ao poder que subverte-se ao ter
e não mais há em nada!
Apenas há as cifras de uma sociedade aniquilada.

E no mundo?

Apenas uma murcha flor vermelha
que aos mais altos ainda enfeita
numa histórica passagem sem guerra.

Uma era que foi e já era
uma revolução coberta de hera...
uma utópica, agora só entrópica
sociedade onde a igualdade impera.

E então nega-se a histórica realidade
viver é ser livre, em sociedade
A maior prisão é prender-se ao passado
é teimar no que já foi terminado
viver dos restos funestros
de um regime, ultra- passado...





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