
Desencanto (Manuel Bandeira)
Data 21/08/2010 01:03:15 | Tópico: Poemas -> Introspecção
| Eu faço versos como quem chora De desalento... de desencanto... Fecha o meu livro, se por agora Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente... Tristeza esparsa... remorso vão... Dói-me nas veias. Amargo e quente, Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca Assim dos lábios a vida corre, Deixando um acre sabor na boca.
- Eu faço versos como quem morre.
Manuel Bandeira (1886-1968), um dos imortais poetas brasileiros. Veja a sua biografia completa no site: http://www.releituras.com/mbandeira_bio.asp
Veja também um vídeo com belas imagens, música incidental e a letra deste poema sensacional.
|
|