
FRAMBOESA DE OURO
Data 20/08/2010 15:18:10 | Tópico: Poemas
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FRAMBOESA DE OURO
À sombra, dum coalhado olhar vidrante Trazendo nas mãos, o desejo a almejar Esperei na primeira fila, expectante Ver o filme começar. Era um filme legendado em mudo Para quem nada percebe, mas entende tudo.
Vibravam espanta-espíritos, bem à soleira Daquele sobrado, escrito em estrangeiro A fita era adesiva e a luz matreira E o filme tinha cortes de dinheiro. Era o meu filme, mas não era a minha estreia E comecei a ver... A coisa estava feia.
Estava no lugar, que a vida me vendera “É o melhor”, disse a troçar E o filme que era bom, desaparecera Meu camarote, era um vazio sem ter lugar. Entrei, esperando ver um filme de sorrisos E me deparo, com uma “serie” de improvisos.
Realizei, produzi e fui actor Duma curta-metragem, que tristeza Do Óscar que ganhei, levo o sabor A desalento amargo, a framboesa. O argumento era o melhor, A paixão, o encanto, Mas não vingou, perdeu a cor E o meu filme de amor Foi lançado a preto e branco.
Regensburg 20.08.2010 Beija-flor
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