
Papada
Data 05/08/2010 21:19:28 | Tópico: Poemas
| De quando em quando Enquanto em encanto Alquebra-se em pranto.
Alquebra-se jovem e senil Sob o pranto que transborda E transgride a esfera sem borda.
De quando em quando Nota-se valoroso Relembra a sã paixão Da adolescência idealista Perde-se no eu passado E faz trampolim ao eu remoto.
De quando em quando Nota o mundo pavoroso Recorda-se das dores mais pungentes Ah as dores mais pungentes ele sofrera E elas eram o crucifixo do comodismo O planger era pelo homem que se perdera.
Sofrera antes por si Por seus próximos Mas quando enfim descobriu Qual era vera a pior das dores Engasgava em mordaças Via o homem de frente à televisão.
Sofrera muito por si E por seus chegados Mas a dor mortal era pelo homem A escarra tenebrosa era o medíocre Ai como chorou então pelo homem E como aprendeu a desprezá-lo.
E por desprezar ao homem Aprendeu amando a mandá-lo Mandando então em si Mandou-se à virtude Aos raios que nos partam Ordenou o fim da ordenha O fim do ordenado.
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