
A Inês de Castro
Data 02/08/2010 15:43:19 | Tópico: Poemas -> Dedicatória
| Entre os versos desta Inês que em Alcobaça jaz descansada Foi D. Pedro que a tornou vingada nos murmúrios de um amor a três
Pois Castro, casta se fez E D. Pedro no leito da amada Tornou Inês embaraçada Embaraçou o Reino Português
E em Coimbra, o sanguinário punhal a mando de Afonso IX, o bravo Qual bravura!? Matar dama sem igual
Mas D. Pedro, o Cru, cravou o cravo sob a égide de uma raiva abissal que me inspira nos versos que gravo.
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E nas efemérides versais da História Depois de cruelmente assassinada Foi D. Inês enobrecida, foi coroada Para que o Povo a traga na memória
E D. Pedro para magna glória Para repouso da sua amada em Alcobaça, bem afamada deslindou a sacra convocatória
"Beijai a mão da Rainha! É El-Rei que vos ordena Vede em Santarém a chacina
Da raiva de um rei que não tolera Beijai a mão desta menina" Ordens d’El-Rei, que desespera
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E depois de Pedro fenecido às mãos do divino Criador Vingada a raiva, e o seu fervor E o seu magno túmulo construído
Inês encontra o seu marido El-Rei D. Pedro, seu Senhor na última morada do Amor No mosteiro pelos monges erigido
Amam-se os dois, fronte a fronte Sobre a cruz latina do mosteiro Chorou o Povo, construo a ponte
da História Lusa do desejo e que nutra a erógena fonte da dócil Nádia, que amo e cortejo.
Foto de Luís Filipe Coito Vede a página do autor da fotografia
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