CAMINHADA
Meus passos tropeçantes Tamanha mudança!? Que é feito dos sorrisos exuberantes?! No rosto daquela criança? Ainda ontem, num ontem qualquer!? Construia seu tempo novo Agora, já não ri esta mulher! Ri a Vida, que fez dela um jogo.
No albúm da memória procura fotografia E, assume a sua Morte Antecipa-se ao que o destino queria Abandona a sua estrela da sorte.
Passou o tempo, uma eternidade Resta a memória dum passado Preenche o que resta com a saudade No seu coração agrilhoado.
O tempo seu cabelo enbranquece Seus olhos são agora planaltos nevados E só o seu coração não esquece Vai batendo num rítmo descompassado. O olhar deixou de brilhar O tempo o encobriu sem cura Quem pode o tempo afrontar? Se o tempo inquieto é de loucura?!
Já ouço o vento a chamar-me É o sinal da partida Para quê há-de apressar-me?! Se tenho a Vida perdida?! Melhor é não sentir, nem ver Que a Vida é nó que breve desata Mas nunca ninguém vai saber Da partida, qual a data. 
rosafogo
|