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Data 14/07/2010 22:21:28 | Tópico: Poemas
| A chuva tenta lavar o sofrimento do desprezado Mas nem um dilúvio lavaria tanta amargura De repente ela cessa e faz arder o coração em prantos E nem os deuses tem a capacidade de amenizar tal dor É um caule espinhoso com a rosa destruída, macerada Cujo a beleza sucumbiu, ficou na estação passada Com todos os planos que fizemos e com as tardes eternizadas em minha memória Ah... Aquelas tardes quentes de puro delírio Sorrisos, toques, palavras de nossas almas, juras de nossos corpos Tudo esquecido no primeiro dissabor a ultrapassar Como se acordasse de um lindo sonho e voltasse a realidade E agora tudo é nada, nesse corpo só ecos do que se foi Azucrinando minha mente também vazia Impossibilitada de qualquer reação e plano Ela que ressuscitara para uma nova era E tivera a esperança de sobreviver a tantas lutas Agora agoniza, pede socorro, pede auxílio Alguém que me puxe desse abismo em que me atirei Que me arranque do peito esses espinhos Que me mostre a saída desse deserto
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