
Piedade
Data 11/07/2010 23:13:44 | Tópico: Poemas
| Piedade
Deus que me perdoe aquela ilusão Aquela que o coração não cabia em si E que o delírio se libertava em pele febril E o querer se tornava constante e desvairado Que alimentava a pouca esperança que tinha
Deus que me perdoe aquelas palavras Que retalharam a introdução de um novo livro Que separaram os sujeitos dos predicados Que finalizaram uma possível história Que calaram a pouca esperança que tinha
Deus que me perdoe os pensamentos Esses que não conto nem para mim Esses fadados a me enlouquecer Que dilaceram, tal navalha afiada Que consome a pouca carne que tenho
Deus que me perdoe essa cama de vidro Construída por minhas mãos covardes Arquitetada pela ignorância desmedida Por um coração que não soube amar Que rasga a pouca carne que tenho
|
|