
Queda inevitável
Data 28/06/2010 17:08:22 | Tópico: Poemas -> Sombrios
| Balanço-me numa corda segura Entre as duas margens abruptas De um rio calmo serpenteando em bonança De águas profundas e negras Cunhando imperiosamente a sua presença Em serras agrestes e majestosas
Encontro o equilíbrio momentâneo Entre vertigens que atemorizam o meu ser Mas a deliberação de planar permanece Num jogo de vida sob o abismo intempestivo
Num deslize partes de mim se esfumarão Em fracções de tempo Se as forças me faltarem Se as estratégias falharem Se os meus olhos cegarem
E o tumulto das emoções Anulará a temperança E a razão perder-se-á na proporção Infinita dissimulação nascida pseudo filosofia Revogará a sensata moderação E da mente se ausentará a harmonia Pois a existência, como um karma Só para alguns se torna horrenda Porque morrer é a parte mais simples Há quem esgotado pela amargura defenda!
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