
Reminiscências
Data 26/06/2010 06:32:55 | Tópico: Sonetos
| Há um pulsar a contratempo na reminiscência do marulhar Abrupta a onda das memórias enaltecidas em rebentação De cada vez que o homem se embrenha no lodo da desilusão Há um paradigma, padrão dos descobrimentos, um imenso mar Tamanha é a simbologia desta força, um remar contra a inércia Um oceano de aventuras, o desbravar de novos horizontes Novas culturas, suas gentes, seus idiomas, suas fontes Tudo o que um olhar cativo seduz, implora e denuncia
Faz-se a montante o devir ecuménico de um fado A esperança por dobrar, morte em forma de naufrágio Em terra o choro, cumpriu-se o sonho imaculado
Corre a jusante o refluxo de outras eras, outras glórias Naus de uma história, Nação dilecta, heróis do mar Caravelas, a marca de um povo coroado de vitórias
Maria Fernanda Reis Esteves 50 anos natural: Setúbal

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