
LEMBRANÇAS QUE CHORAM
Data 01/08/2007 14:17:26 | Tópico: Poemas
| LEMBRANÇAS QUE CHORAM (Davys Sousa, 01 de Agosto de 2007 às 11:17 a.m)
Em mim vive uma contingência de seres perdidos, Esquecidos, que outrora participaram de minha vida, Que outrora se deformaram, agora, são lembranças...
Lembranças sangram quando são tocadas, Quando a alma inquieta pressente seu momento, Ali, triste e esquecido... Lembranças são como diamantes Puras, ingênuas e têm seu poder de amor e sombras...
Somos o que fomos e somos diferentes mesmo assim Somos diferentes por que somos inconstantes Mesmo assim conhecemos o que fomos E não deixamos de ser no fundo o que fomos...
Em mim vive o passado, o presente... e o futuro!? Perdido no tempo sou o ápice que vinga no ego perdittus. Sou vida e morte contidas incomensuravelmente nas linhas De minhas lembranças... arrancam-me toda poesia Que dedico a mim e outros “eus”.
Inútil cessar o pensamento a lembranças que já foram Tocadas, penetradas e violadas de tal maneira evasiva Que meu ser apavora numa lida que alma prolifera, Em mim, necessito ser, também, uma fera Para acalmar meus pensamentos, minhas lembranças... Minhas sombras que mostram as máscaras que tenho tanto usado, Os espinhos que tanto me feriram, as esperanças Que tanto tempo deixei de tê-las...
Para ser maior, inteiro e único e preciso viver Sem muitas vezes entender, é preciso viver, sentir, Unir-se, ultrapassar, amar, vingar-se, querer...
Minha alma, minha poesia ri de si mesma, Necessita de carinhos, alvitres, corpo e si mesma Para ser grande... única, voraz e lapidável...
Lembranças... são belas ou tristes... devoram pensamentos. Conflitos se alojam em meu ser... sou, eu? Eu-outro-eu? Eu-passado? Eu-presente? Eu, perdido no elo e retorno ao eterno Reencontro comigo mesmo... separado por espelhos que adentram Na alma e nos convertem em sombras que somos... Sangue, alma e corpo, sentimento e dor... flores e caos...
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