
NÃO LEIA NADA DO QUE ESCREVO... São FOLHAS CAÍDAS
Data 01/08/2007 12:39:20 | Tópico: Poemas
| FOLHAS CAÍDAS (Davys Sousa, 2006)
Procuro alguém para me guiar, Juntos na ultrapassagem do antes e agora, Mas na impaciência do nosso olhar Perdemos-nos, juntos, a areia beira a mar.
Te quero, assim, por toda eternidade Em castelos de sonhares que sempre se constroem. Te quero sempre Sempre, sempre que teu corpo me tomar Em rebenta ânsia de te desejar Sempre, sempre que a lua lumiar o nosso lar.
Pedaços rasgados em meu coração, Velados no tempo, poeiras de retratos, lembranças E promessas esquecidas, fortaleza de ilusão Que se quebram como um castelo de areia Que se definha beira a mar.
Em castelos de areia que sempre definham Refugia-se o desencanto a que me sinto desmoronar... Procuro alguém para me guiar, Juntos na ultrapassagem do antes e agora, Mas na impaciência do nosso olhar Perdemos-nos, juntos, a areia beira a mar.
Na ilusão, encontramos corações a flor da pele, Feridas abertas, fortalezas criadas e impenetráveis, Tudo está acabando... nossos caminhos se encontraram Nas escuras temporadas de amor que passaram.
Se um amor se desfaz, se trai Os lábios que já se tocaram (se acabaram?) São beijos que queimam, Paralisam a mente em incêndio Que nos consomem e não quer cessar, Cantando a vida como o silêncio A espreita no seio do ar da noite Que não quer se quebrar...
Dentro de mim, sinto-me em pedaços Onde sinto frio como a ilusão de te encontrar, Mas na impaciência do nosso olhar Perdemos-nos, juntos, a areia beira a mar.
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