
Maíne
Data 03/06/2010 19:24:39 | Tópico: Poemas
| A brevidade do olhar Consumido nas longas horas Aparta-me da ânsia, Flerta com o medo ancestral.
Minha dolorosa respiração Suave no espasmo outonal Cresce a medida em que nossas bocas Entrechocam-se no silêncio,para o nunca mais Do falso esquecimento.
Ainda sinto suas feridas em meus ossos, Em meus olhos fechados para a partida, Nas cavidades mais profundas de recondita devassidão. Sangue em vão explode como desprezo Junto ao mijo e ao carinho tempestuoso Nada sobra.
É sempre tão tarde para o recomeço, Do corpo desfeito na marca eu carrego A langue conveniencia do entorpecimento externo Solitário como o mito de nosso romance Decompondo-se ao sabor da inocencia perdida E da irreparável falta.
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