
Verdade? só o que se sente...
Data 28/05/2010 07:34:13 | Tópico: Poemas
| Englobaste na ironia dos sonhos, em que a sorte te chama a ti, e se esquece de mim, meu coraçao tenta chorar por ti, mas resta-me só o fado que dancei naquele luar. Luar onde tu e eu fizemos amor, dançando tango, dançando fados, onde as ligas tinhas, onde vestias para seduzir, onde os seios cubrias, do pó talco fino das estrelas, e perfumavas-te com aromas ignobis, tudo era pensado, tudo era sentido, nada era falado, tudo era intenso, tudo era mágico, tudo era o nosso fado, das noites estranhas de amor louco, ao som da luz do luar, aquele que sabe descrever os teus movimentos, de a seduzir para matar, matas-te-me nos beijos que perdi nos teus seios, nas mãos que percorreram as tuas pernas, enquanto o meu corpo saciava o teu amor, noite ingrata, de amores loucos, perdidos no tempo e espaço... e assim busco sombras, das danças negras, que tu e eu sem razaão viviamos... que tu e eu deixamos de viver, estes amores loucos... de noites soltas, onde as canções se ouviam aos sons, de gemidos que eu tirava notas de ti sem fim, e nesse tocas de espelhos d'alma, toquei em ti toda a noite, músicas de sentidos, músicas de sentimentos... que agora... resta-me este triste fado... de andar perdido, no tempo e no espaço... das danças perdidas naquelas noites, tocadas ao ritmo das nossas bocas, viciadas em ópium... viciadas em beijos, viciadas em corpos, viciadas em sentidos... e agora nas muralhas abençoadas, por marés encrespadas... largo as lágrimas de um coração maltratado, que já não chora... que não grita... fica... fica perdido no tempo... aqui, ali e além... onde andou ele a dançar as imortais danças do desengano, e agora perdido nas sortes de feitiços e magias... lá escreve e reescreve no seu coração, cada pedaço dos momentos em flash's que nada são, e tudo são... que nada permaneceram... porque não são eternos... mas eternizaram na mais sensivel das almas... que apaixonou-se sem se poder apaixonar... que ama sem poder dar conta do que sente... sem poder suportar... o que o seu coração vibra a cada luar... o que o seu coração persiste... em recordar... Triste fado... das almas de veludo... que fingiram que amam... e no desengano... amaram, com toda a intensidade, e agora apaixonados, amam... amam nas brumas etéreas, que persistem em passar por eles, a cada rebentar de onda, a cada suspiro de rola, que os seus viveres sejam tocados... congelo-me nesta mentira... que de verdade... só tem o que se sente...
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