
Gloriosidade
Data 15/05/2010 00:29:05 | Tópico: Poemas
| Psicólogos natos Predestinados ao labirinto.
Quando o assunto é sentimento O que conta não é a intensidade E sim a duração.
O que o trance uniu Nenhum homem separa.
E enfim nos reconhecemos Depois de a eternidade Ter começado e recomeçado tantas vezes Antes de chegarmos aqui nesse proseado.
Não há como ter força infinita Mas se se está em acordo com o infinito As pequenas ações trazem ele consigo.
Periculoso talvez Talvez depois me açoitem Maldito traidor espernearão Como ousaste amar tanto? Como ousaste dar-nos o elixir dos imortais Se és pra escolha incapaz?
Infeliz cachorro Exageradamente sincero Inescrupuloso e irresistível Como ousaste nos seduzir? Como ousaste nos decifrar e satisfazer Pra depois nos fazer correr?
Ai dama sagaz Me engula o galanteio Ele suspirava Me deixa te elogiar Me deixa dizer as coisas Inspiradoras Que mesmo descorrespondidas Me alimentam de movimento Me deixa te congratular Por teres mantido as linhas Esguias De tuas filosofias De mãe ursa.
Ela vagava pelo mundo Desatenta ao fato de que Do outro lado do bairro Um sonhador semeava na imaginação Uma deusa perfeita que tinha os exatos traços dela.
Então na esquina inesquecível Ele veria ela de relance Por um instante E se perguntaria se estaria sonhando ou acordado Se a vida não era a armadilha mais doce Se o amor não era o sabor mais estranho.
E nunca mais se veriam outra vez Não senão nos sonhos De alegria mais apaixonados De que jamais se lembrariam ao despertar Como uma vida não lembra de si ao começar.
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