
O mundo todo é uma ciranda, ciranda que nem sempre roda, e quando roda essa ciranda tudo fica para trás.
A ciranda do boi é o açougue, a ciranda do gato é o salto, a ciranda da virgem é o coito e a do palhaço é o palco.
O mundo gira em contraponto ao pensamento e ao universo. Essa ciranda de tormentos que gira, gira ao inverso.
A ciranda da vida é a dor, a ciranda do julgo é o fardo, a ciranda da morte é a saudade a ciranda do prato é o garfo.
O mundo todo é uma ciranda, ciranda estática fadada, roda que perde o equilíbrio e tudo fica para trás.
A ciranda do verso é a estrofe, a ciranda do leite é a criança, a ciranda da jóia é o cofre, a ciranda do mundo é a esperança...
...O mundo todo é uma ciranda...
que gira, gira em eterna dança...
São Gonçalo, 17 de setembro de 2008.
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