
BALANÇO
Data 01/05/2010 04:15:02 | Tópico: Poemas -> Saudade
| BALANÇO Paulo Gondim 01/05/2010 (1h07)
Não que eu me dê por vencido Embora o cansaço já se faça à vista O tempo já não corre tanto, parece mais lento A pressa de viver, agora, nem reclama Até posso acordar mais tarde!
Um ganho, acordar mais tarde. Uma conquista que desperta o sono de muita gente Tão simples, tão insignificante, mas perseguida.
Aos poucos, inicio uma prestação de contas Uso meus conhecimentos de contabilidade E entre lucros e perdas, o balanço não bate Há apenas um lucro presumido Pouco guardado e pouco a ser lembrado
Um por cento, talvez, seja meu ganho. Na conversão de valores, pouco me sobrou Uns sorrisos amarelos, algumas desculpas E lá longe, um pedido de perdão...
Mas guardo comigo, da parte que soneguei Um momento de paixão, intenso, embora breve Que me vale como aposentadoria Foram os beijos com sabor de cigarro Apesar de minha aversão pelo fumo Mas esse gosto não sai de minha boca
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