
IDALINA, Uma flor SILVESTRE
Data 22/04/2010 20:25:12 | Tópico: Poemas
| Na minha adolescência Passei algum tempo na casa de um parente, Um produtor de cana e derivados, Que morava à margem do Rio Uruguai. Na família existia uma jovem Morena, da cor da cana java Bronzeada pelo sol, com quem tive Um romance platônico e oculto...
Certa vez fui encarregado Para tansportar de canôa, Ela e sua tia Amália Para o outro lado do rio, Aonde haveria uma festa de batizado. Já no meio do rio, a jovem A pretexto de apanhar um presente Coloda na popa, caminhou na minha direção E, fingindo, desiquilibrar-se, Para não cair abraçou-se em mim, Quando pude perceber a solidez do seu corpo E sentir um perfume de flores sivestres...
Tempos depois chegou o momento De eu ir embora... Somente ela tinha lágrimas nos olhos... Montei no cavalo e comecei a subida da serra. Do topo do morro olhei para trás E lá de baixo um vento sussurou Aos meus ouvidos:
Acabou-se não há mais Quem me amava com firmeza Cobriu-se os campos de luta E meu coração de tristeza.
E lá ficou o vale verdejante E o Rio Uruguai serpenteando Para fixar-se em nossa mente Num ponto de saudades... Quem me amava com firmeza
|
|