
Sacrílego o desejo que nasce de meus instintos a contemplar a tez perene dos anjos notívagos que vagam e se embriagam com risos, lágrimas e toda a voracidade da perene existência entre o céu e a terra.
Mergulhar nos braços e beijar os seios do pecado nos becos fétidos e torpes da cidade inebria-me na constância fulgaz e inane.
Sorvo minha dor, dou boa noite à solidão e durmor estrelas sobre o meu corpo ressequido e ferido pelo mundo.
Desfilo mil palavras em minha mente de esperanças apagadas e ressuscitadas e me renego diante do reflexo distorcido do lago.
São Gonçalo, março de 2006.
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