
GLOBALIZAÇÃO
Data 12/04/2010 14:16:19 | Tópico: Poemas -> Sociais
| Tenho dentro de mim o silêncio dos oprimidos e dos sem casa. Minha maneira de reconfortá-los é seguir escrevendo minha poesia.
Talvez seja amor o que eu sinto por estas pessoas e me dedico a elas com alma e coração sempre preocupado com as minhas gentes.
Não há um poema meu que eu não me vença a mim mesmo para levar o melhor ao meu povo tão sofrido por desmandos e descaso.
Não posso ver uma pessoa pedir comida na rua que logo me revolta e questiono o sentido da vida e o valor dos Homens neste pedaço de Terra. Se uma palavra minha levar alguma solidariedade e força de vontade a alguém que sofre já me dou por satisfeito e de trabalho realizado.
Estamos numa época sem valores o que importa é o «eu» e não o «nós» e vemo-nos tão sozinhos que chega a doer a dor que deveras sinto.
Por isso eu escrevo e escrevo sem cessar até que me doam os dedos e a pluma se esgarce pela voracidade do focinho da palavra que eu subscrevo.
Quem sabe o Homem acorde a tempo de ver a miséria em que se tornou o seu igual esquecido numa esquina qualquer debaixo de degraus o seu poiso.
Oh, povo meu, que má sorte a tua viveres num mundo globalizado onde tudo é devorado pelos déspotas e tiranos da inquisição.
Jorge Humberto 11/04/10
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