
PRESSENTIR
Data 10/04/2010 16:04:42 | Tópico: Poemas
| A sala encerra gritos inocentes, No meu cérebro O teu corpo aquece-me, Brisa forte lá fora, saboreio o teu gosto, Ainda não chegaste aqui A este lugar, A este ermo de emoções… A angústia alimenta o desânimo, Olha… trazes-me confiança, sabes!?. Conto os momentos, (que tormentos), Atado, preso à delícia de um sonho Neste lugar, Neste refúgio de piedosos gestos… As nuvens do pensamento adensam-se, Neste tempo de palavras – vida, ver-te, Silêncio, nada. O sono completa o drama, De um homem que chora quando ama, Por este lugar, Por esta ilusão encardida. Na sala devastada pelo silêncio,uma ténue miragem esfuma-se... Na angústia incessante que o coração encerra, Pressinto a incrível sensação de teres passado por aqui… Quem és tu ninfa edílica que me visitas? Ou Dionisus que me presentea com a sua visita e me alimenta a alma com um toque mitológico de loucura.
Nas profundezas da sala, algo se agita ao fundo e me estende a mão exitante,
(Olá solidão! Por escassos instantes esqueci-me de si! Venha… vamos…)
Malafaia 2010-01-26
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