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Data 08/04/2010 20:03:18 | Tópico: Sonetos
| Uma lágrima caiu, furtiva, foi um grito Silencioso, de quem contém a amargura De um desconhecimento que leva à loucura Em cada lágrima retraída me expiro
Não olhes, finge que não vês, ainda assim Escuta o bater do coração, repara no compasso Apressado, ele te falará do meu fracasso E da minha sombra, onde caem pedaços de marfim
São nesgas de sonhos, retalhos de efémeras ilusões São o ondular ao vento de quimeras e paixões São pétalas de rosa em cada beijo que te dei
Pedaços de marfim, ou bocados de mim São a mesma coisa, são flores do meu jardim Aquelas que te ofereço, em todas as vidas que te amei
Antónia Ruivo
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