
HOMENAGEM A EDGAR ALLAN POE
Data 06/04/2010 19:08:09 | Tópico: Poemas
| Hino Santa Maria! Volve o teu olhar tão belo, de lá dos altos céus, do teu trono sagrado, para a prece fervente e para o amor singelo que te oferta, da terra, o filho do pecado. Se é manhã, meio-dia, ou sombrio poente, meu hino em teu louvor tens ouvido, Maria! Sê, pois, comigo, ó Mãe de Deus, eternamente, quer no bem ou no mal, na dor ou na alegria! No tempo que passou veloz, brilhante, quando nunca nuvem qualquer meu céu escureceu, temeste que me fosse a inconstância empolgando e guiaste minha alma a ti, para o que é teu. Hoje, que o temporal do Destino ao Passado e sobre o meu Presente espessas spmbras lança, fulgure ao menos meu Futuro, iluminado por ti, pelo que é teu, na mais doce esperança.
1
“por ti, pelo que é teu, na mais doce esperança” Encontro a magnitude e dela a paz desfio O quando dentro em mim além do desafio A força em plenitude em ti eu sei, se alcança. Vencer o que se fez terrível nos meus dias E ser além de tudo a ti agradecido, No quanto me devora o tempo enaltecido Em ânsia dolorosa aonde em vis, sombrias Medonhas e cruéis terríveis tempestades Diverso desta luz na qual tu tanto dás E dela se percebe a imensa e plena paz, E quando com ternura aos poucos tu me invades Eu agradeço tanto a cada glória em ti Depois de tanta incúria aonde eu prendi...
2
“fulgure ao menos meu Futuro, iluminado” Depois de tanta dor ao menos vejo enfim O quanto em galhardia havia dentro em mim Ao superar em ti a dor do ledo enfado, O rumo que hoje sei em paz e em plenitude Deveras se moldando aonde houvera trevas Enquanto tanto amor, a cada dia cevas Permito-me sonhar e ver que se transmude O quanto em dor e sombra havia conhecido Singrando um mar intenso, em dores e procelas No amor que tanto vejo enquanto a paz revelas O tempo de sonhar agora revivido Permite ao navegante ao menos manso cais Em noite tenebrosa? Os dias magistrais.
3
“e sobre o meu Presente espessas sombras lança,” O temporal da vida aonde em duro açoite O dia se fez turvo imensa e amarga noite Deixando uma alegria apenas na lembrança. Não posso permitir a dor que me domina Tampouco desejar a sorte em tempestade O quanto do temor ainda vejo e invade Jamais determinando ausente em mim tal mina, O peso do passado agora se sentindo O rosto em tanta ruga especular delírio O traço dominante expressa tal martírio E nele o sofrimento intenso e mesmo infindo, Ao perceber quão belo o rumo que me deste Cevando com ternura em solo outrora agreste.
4
“Hoje, que o temporal do Destino ao Passado” Deixando como sombra apenas o que fora Depois de tanta treva, uma alma sonhadora Entrega-se ao destino e crê num belo fado, O gesto cauteloso, embora sem temor Transcende ao próprio medo e esboça a reação Mostrando tão somente em glória a direção E nela se percebe o puro e vasto amor Aonde com certeza outrora o desencanto Mostrara a dor suprema ao desviar o rio, E quando o meu passado em frente a ti desfio, Tocando com ternura as fimbrias de teu manto Eu sinto a paz e tento ao menos prosseguir Na senda soberana, agora um elixir....
5
“e guiaste minha alma a ti, para o que é teu” Deixando para trás o quanto me perdera E quando vejo em ti o amor que eu concebera O todo em sofrimento há muito se escondeu, Amar serenamente e crer num novo dia Podendo acreditar num dia mais tranqüilo E nele com certeza a sorte que destilo No amor em plenitude, em toda galhardia Gerando e transformado em peito outrora atroz Sabendo desfrutar a cada novo instante Do templo feito em luz deveras deslumbrante Ouvindo a mansidão que tens em tua voz Senhora me permita o dia mais feliz Sabendo em teu olhar, o encanto que bendiz.
6
“temeste que me fosse a inconstância empolgando” E tendo com certeza o rumo feito em trevas Meus olhos muito além em paz eu sei que levas Gerando dentro em mim um dia bem mais brando, Assim eu te recebo e creio num momento Aonde a direção se mostre mais constante Traçando a cada passo o enorme diamante No qual o amor se faz e permite este alento, A glória pressentida e tanto desejada Num canto, num louvor expresso o quanto quero E tendo em cada verso um sonho mais sincero A sorte noutra senda agora desenhada Demonstra claramente o quanto que desejo A paz depois de tanto, instante mais sobejo.
7
“nunca nuvem qualquer meu céu escureceu,” Aonde houvera a dor trouxeste tanto alento E quando eu te percebo agora me apascento A luz tomando a cena esconde o velho breu E o coração se abrindo encontra a magnitude E nela realmente a glória se percebe Mudando com ternura a amarga e dura sebe Permita-me mostrar o quanto sei que mude O rumo de quem abre inteiramente em ti A sorte traiçoeira agora se mostrando Em luzes tão gentis, outrora em tom nefando Mas quando te encontrei aos poucos percebi Que toda a minha história em nova senda agora Transformação ditando a luz que me decora.
8
“No tempo que passou veloz, brilhante, quando” O mundo desabara em dor e temporal, Mas quando percebi um sol fenomenal A história noutra senda aos poucos foi mudando, Certeza se mostrara a cada passo além Depois da tempestade imensa calmaria E nela esta esperança intensa se recria Enquanto com ternura imensidade vem Gerando após a guerra a sorte que eu buscara No quanto posso crer e ter a cada passo O mundo transformado e nele sempre traço Estrada tão perfeita enquanto bela e clara Mudando a direção dos rumos deste vento Transforma a cada dia insânia em doce alento...
9
“quer no bem ou no mal, na dor ou na alegria” O mundo diz do quanto ainda posso ter Certeza absoluta em raro e bom prazer Sabendo desta força aonde a luz me guia Estrela radiante além deste infinito E em ti eu posso ver e a glória resplandece E sei da mansidão e nela inteira a messe Por onde tanta vez o sonho foi descrito Apenas com temor ou mesmo desafeto Mas tendo este caminho aonde eu possa enfim Viver tanta pureza e nela tanto assim Encanto se mostrando e quanto me completo Na voz tão soberana aonde se mostrasse A vencedora mãe sublime e mansa face.
10
“Sê, pois, comigo, ó Mãe de Deus, eternamente,” Sabendo do teu filho imerso em solidão, Vivendo em ti somente a voz desta amplidão Na qual a plena paz sobeja se pressente, Vencendo qualquer medo e tendo em ti a glória Aonde possa crer num momento melhor Deixando para trás temor que sei de cor Tecendo com ternura a sorte da vitória Num ato soberano o amor se faz constante E nele se percebe o quanto é necessário Superar o tormento e nele o temerário Caminho destroçado aonde em torturante Delírio se permite o fim de uma esperança E ao fogaréu intenso o mundo já se lança.
11
“meu hino em teu louvor tens ouvido, Maria” E sabes muito bem o quanto quero a paz E nela tanto brilho a luz que satisfaz E sei que a cada instante em paz sempre me guia Gestando dentro em mim um novo amanhecer Glorificado céu aonde vejo o brilho De quem se fez além e quanto mais eu trilho O rumo demonstrado, enfim, maior prazer; Servir com mansidão e ter um raro alento Depois de tanta dor e tanta angústia eu vejo Um mundo bem melhor, e sei não ser lampejo Tomando com ternura inteiro o pensamento, Maria, mãe do Pai, senhora soberana, Teu filho te proclama e em sonhos tanto ufana.
12
“Se é manhã, meio-dia, ou sombrio poente,” Em minha alma contigo a luz eterna brilha E quando se mostrando intensa maravilha Uma alma se permite e sendo assim contente Não teme mais a angústia e vence a solidão Pressinto em teu olhar a mansidão de quem Sabendo quanto dói e quanto mal contém, O mundo que seguindo em torpe direção Não sabe discernir o bem e segue o rumo Aonde algum prazer pudesse enfim reinar E quando se permite assim ao destroçar A sorte se transforma e nela não me aprumo, Sentindo-te presente ó mãe dileta e pura Minha alma em paz se vê, imersa em luz, ternura...
13
“que te oferta, da terra, o filho do pecado” O amor além do quanto um dia eu bem pensara Ao ver a tua face assim imensa e clara, O mundo se mostrando em novo e manso fado Deixando-se antever a glória que ora sinto O verso se mudando, o amor invade o peito E quanto mais audaz, deveras satisfeito Sentindo o meu temor agora vão e extinto. Aceite esta oferenda em forma de poema E saiba quanto quero um dia bem melhor, Vivendo a plenitude, amor que é bem maior Com ele quem caminha as trevas não mais tema E vence com ternura a fera mais mordaz E encontra finalmente em ti a plena paz.
14
“para a prece fervente e para o amor singelo” Depois do temporal no qual me percebi Eu chego e devagar encontro tudo em ti No amor que tanto quero e agora em paz revelo, Servindo a quem se fez rainha e mãe sublime Não deixo que se perca o quanto percebera Vencendo a própria dor, gigantesca quimera Num canto aonde posso e vejo a quem estime Transformador poder e nele soberano O rito mais voraz da sorte em trevas feita Nas sendas de teu passo, aos poucos já desfeita A sorte em vil desdita, e em ti, por isso ufano. O peso do passado às vezes me maltrata A vida junto a ti, serena, bela e grata.
15
“de lá dos altos céus, do teu trono sagrado,” Percebes o que tento em versos te dizer Tu sabes mãe perfeita o quanto posso crer Vivendo a imensidão do amor sem ter enfado Singrando o paraíso aonde se perfila A sorte abençoando o rumo que escolhi Chegando com ternura encontro enfim em ti O quanto desejara e uma alma em paz destila. Vielas tão sutis, estreitas na verdade Caminho que concebe o grande vencedor Na incomparável luz, perdão e farto amor É tudo o que se crê na paz que ora me invade Sentindo esta presença abençoadamente O mundo em harmonia, uma alma agora sente...
16
“Santa Maria! Volve o teu olhar tão belo,” E veja quanta luz aqui tu me irradias E quanto se permite a vida em harmonias Transforma qualquer taba em divinal castelo, Momento sem igual, amor sincero e puro, Vencendo qualquer medo e assim me garantindo Um tempo mais feliz e sei o quanto infindo E nele com certeza em paz vejo o futuro. Mãe sagrada eu peço apenas um momento Tua atenção querida e tanto desejada, A história de uma vida agora em ti, mudada Aonde houvera guerra imenso e vão tormento Aonde houvera treva intensa escuridão Agora tão somente amor pleno e perdão!
VALMAR LOUMANN
|
|