
Falo até quando me calo, pela poesia
Data 14/03/2010 05:35:19 | Tópico: Poemas
| No cume do monte, rasgo as palavras. Corto letra a letra, com um grito de liberdade... E como o vulcão expulsa muitas lavas, Lanço fora o que sinto, carregado de serenidade...
Cada linha, cada verso... Falam tudo sem cessar... Com um sentido meio inverso, Falo tudo o que pensar...
Mas as palavras são belas, Suaves e meigas... Às vezes até singelas... E também um pouco leigas...
Falo, falo, falo E meus versos falam por mim... E até quando me calo, Os versos não querem o fim...
Como as plantas do sol, vivo eu da poesia, Tenho versos em meu DNA, Não posso viver sem a cortesia De um poema a versejar.
Não sei se nasci poeta, Ou se poeta me fiz nascer... Mas sem versos fico inquieta, Fica estranho o meu viver...
Quando subo no cume do monte, Mesmo sem sair do lugar, Posso ver as maravilhas da fonte O nascer do sol, e as belezas do luar...
No mais alto topo, chego Prá gritar com minha voz calada... Só o papel e a tinta eu levo, E risco o som de uma rajada...
Tudo no imaginar... Cada canto e lugar, Com meus pés, não posso chegar, Mas na poesia estou a flutuar...
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