
A prisioneira que morre queimada pelo cordão de tua cabeça.
Data 11/03/2010 20:56:53 | Tópico: Poemas
| Iluminando o ar inquieto A vagar-te brilhante és transparente Na brandura de teu lume Esta o fogo que engole a redoma do ar
Surgindo em si as faiscas das chamas Em derivas desmedidas ao arder-te Fogo onduloso, ocioso, vadio, fulgurante Que faz tuas ondulações Como a quimera no oceano
A dissipar-se aos poucos Esta cera sem forma, sobre Teu esbelto corpo derretendo-se
Andando sobre a saliência de teu abrigo Derramando-se lentamente Na haste a que foi aprisionada És torturada pelo desejo da visão alheia
Onde queima a fragilidade de tua suavidade Faz melodia nos olhos que enchergam tua luz
Pobre vela que morre para iluminar a noite Presa sobre a própria cera perde a vida Com a cabeça derretida E o corpo liquefeito.
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