
Guarda Avante
Data 27/02/2010 00:26:40 | Tópico: Poemas
| A pedra lasca faíscas Antes que o combustível se exaura Rasga o vento delicado Com o fogo que acalenta e nutre.
Ah desgraça de farrapos mundanos! Quem me oferta ainda um ódio pusilânime? Quem ainda afugenta com uma raiva sincera?
Onde foi parar o contumaz do vício O devaneio pagão pornopopéico e puro? Que fizeram dos mestres de enigmas Duros ombros das umbandas genuínas?
Talvez desconstituíram o essencial Pragmas e palaquins degenerados Arrestaram ao silêncio e encheram-no de buzinas De berros inescrupulosos de apego mesquinho!
Ai do cálido e gélido arrepio Recluso dentre a fôrma láctea Ruflando asas de borboleta humana - Arranco-te fora as pálpebras ingratas! Que é a dor senão a escola do senso? Que é a força senão o carrasco de si em ação?
Desespero-me das questões Mas as panturrilhas atinam por mim Os joelhos estalam a latência pinacular Entranhas extranhas já ao mesmo respirar Era o supremo ego fagocitando o tempo real A densa saga pelo gesto que desenrola Ó venerável e infinitamente desejado! Ó vivo instante presente!
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