
Autobiografia Poética
Data 17/02/2010 23:42:22 | Tópico: Poemas
| Autobiografia
O destino assim escolheu Que minha alma despertasse Sentimentos de revolta De amor, Em cada palavra solta, De dor, De paixão, Mas que sempre me saísse Do coração Como se mais nada existisse. Amor, ódio, frustração, Passados para um poema Meio vagabundo Sem pensar bem no tempo Mas resplandecente, de amor profundo. Aspirante a poeta, Lembro-me de vós Sobretudo de Fernando Pessoa, Experimento dar razão, à dor que me inquieta Solto a minha voz Elevo-a para vós Grito, salto, desespero Por cada palavra escrita Invento os meus sonhos Puxo pela palavra, Como um vulcão em erupção Fogo que lavra Dentro do meu ser, Faço da vida um exercício, De matemática pura, Sem grande sacrifício A poesia cura, Num instante, As feridas do meu coração Bebo da fonte da inspiração Transpiro mares salgados, Sentimentos sem razão Insólitos, vadios, depravados, Cuspo numa folha branca Versos a rimar Seja Florbela Espanca, António Aleixo Até, O que importa é desfrutar Desta onda, maré, Que dure eternamente Esta liberdade Consequente ou inconsciente No dia que partirás, Deixarás saudade Viverei ausente Minha alma destruirás Morrerei com a certeza De que a poesia Foi sempre a minha paixão, A minha eterna alegria.
|
|