
Diário de uma jornalista
Data 12/02/2010 14:42:50 | Tópico: Poemas
| Três horas da tarde, quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010, Rio Grande do Sul, Brasil, o sol queimava, no céu nenhuma nuvem se via, no refeitório do hospital o delicioso aroma do café recém passado impregnava-se nos corredores, Na maternidade, o choro de uma criança enchia de alegria os jovens pais, na emergência, a ambulância chegava às pressas com mais uma vítima da violência, no consultório uma senhora com dor na coluna, um homem com falta de ar, um bebê febril, um senhor com pressão alta. Na rampa da UTI corpos eram conduzidos um a um à sala fria que cheirava a morte. E o ruído daquelas macas me causou medo. Carros fúnebres estacionados. Familiares recebem as notícias. Desespero. Dor. E eu venho para casa com minha máquina fotográfica, espalhando lágrimas ao vento.
|
|