
A GAIVOTA E O TIMONEIRO
Data 29/01/2010 18:55:59 | Tópico: Poemas
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Lá onde o horizonte nasce de braços abertos para o mar uma gaivota inicia seu voar para onde lhe leva o vento.
Rasando vai no azul das ondas tentando o peixe adivinhar nas águas pardacentas a nadar o vislumbre esguio que promete.
Molhada pelas águas a gaivota uma a uma as penas põe-se a alisar como um timoneiro de bem navegar oleando o motor do barco ensejado.
Secas as penas alça voo no céu enquanto o timoneiro se põe a olhar granjeando um bom despertar com o qual bem cedo se fez às águas.
Nisto a nossa gaivota não esmorece lés a lés desenhando-se no ar e no preparo único para mergulhar recolhe as asas coladas ao corpo.
Gaivota e timoneiro no horizonte buscam ao sol o que é de bom buscar aquilo porque aquilo foram pescar ainda mal nascia o dia lá mais em baixo.
Bem alimentada a nossa gaivota mas cansada de bom esvoaçar acerca-se do barco para roubar as redes repletas de peixe amiúde.
Um escarcéu tremendo cerca as redes são gaivotas que se vão alimentar do mesmo que a nossa soube esmiuçar quando do céu se fez ao mar e ao pitéu.
Com a barcaça cheia regressam ao porto os pescadores com olhos de cansar quem os seus neles poise o olhar e logo ali repartem o seu quinhão.
Como uma figura emblemática a nossa gaivota depois de fasear as idas e voltas que a souberam levar à comida, alça voo para não mais se ver. Jorge Humberto 28/01/10
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