
TABOADA
Data 27/01/2010 02:34:52 | Tópico: Poemas -> Amor
| Hoje adulta e multicolorida meu olhar preto e branco enxerga xadrês Não sei de cor a cor ainda da Taboada preciso da tua mão para atravessar a rua nunca sei qual o tom do mosaico da estrada tropeço na mesma via única há milênios não entendo esse tráfego congestionado essas artérias etéreas me confundem... Dá-me os pés das mãos das tuas raízes fundas! Mas, na igreja bizantina na colina da Vila GUAI repicam os sinos vai começar a missa ortodoxa das seis horas! Seu Enídio crente sai com sua bicicleta preta para ir trabalhar na fábrica no bairro do Portão Ele é operário religioso enquanto a polaca Tida sua mulher gratina o pão com gema de ovo e a gente come daquele pão fogo amarelecido petalado No bagageiro da bicileta seu Enídio leva a bíblia cristã ele lê todas as noites em suas vigílias de guarda noturno Eu cresci e ainda não entendi a bíblia de Descartes com esses complicados capítulos eróticos de fast foods De olhares recicláveis, resfolegamentos dissimulados e latas de lixo de boca aberta ajoelho no cadafalso e grito por Rembrandt Veermer Van Gogh Velásquez Gibran Ainda piso descalça sobre os pregos Não consigo entender a biologia quântica que plantando abóbora se colha amora o hímen de ozônio deflorado é jurisprudencia O martelo repica aos meus ouvidos na acústica dobram os cravos na madeira de purpura evapora a rosa prisioneira busco além dos sentidos!
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