
Abismos do corpo/poros da alma
Data 24/01/2010 20:20:11 | Tópico: Poemas
| abre-se o entardecer nos abismos do corpo e sob os céus poente multiplica-se a liberdade nascente. assusta em bando os pardais à solta, despidos completamente cruzando a agonia de nos sabermos.
e, observo, atenta… como quem diz o que sempre soube ou quem soube o que sempre não quis.
meu corpo reles e sentido é meu espírito que procura e não se espanta.
tudo é patético fétido nojento em acto ou em repouso.
(que tu tanto admiras!)
luminoso e frágil consciente dos seus desejos e carências e da carne que lhe dá o sinal, gozando após as privações hediondas causais, envolvendo-o de espumosas línguas da cabeça até aos pés
(que tanto dás.)
não lembra a deus omnipresente ou ao diabo com seus pés de bode, a máquina de morte e de escravidão que descobre-se como quem até agora nunca esqueceu O gozo antigo num brinquedo novo
(brincas com a morte e a animalidade)
e eu brincando com a tua carne pálida de prazer descubro que há sentido em Miguel Angelo nos membros que dá águas, sobem e mergulham na alma de uma boneca de trapos-(talvez!)
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