
Não há paz na lezíria
Data 19/01/2010 02:24:53 | Tópico: Poemas -> Infantis
| NÂO HÀ PAZ NA LEZÍRIA
Estão a acordar D. Toupeiras - Porque o Inverno já se vai Já refizeram suas leiras! Ai Meu Deus! Uma lá cai!
Não vejo nada comadre Pare lá de dar patada -Desculpe lá ó compadre Que isto está uma poeirada.
D. Escaravelho grita alto -Aqui quem manda sou eu! D. Besouro em sobressalto... Mas afinal que lhe deu?

Já daqui embora me vou - Já lá vem D. Cotovia! Se sabe que aqui estou? Já se me acaba o meu dia.
Nem D. Poupa hoje descansa Anda pela lezíria, louca Não lhe sai da lembrança Que é Inverno e a comida pouca.
E ali na margem do rio? Tagarelas vizinha com vizinha -D.Alvéola cheia de frio! Pede o xaile à D.Milheirinha.
Pousa D.Borboleta na flor Sempre batendo sua asa - Não vá o Sr. Açor... Lembrar de sair de casa.
Enfim D. Toupeira sai suja Nem vê bem por onde passa! À espreita está D. Coruja Que finge até achar graça.
Se a noite não espreitasse E os gritos não ecoassem no ar Talvez ainda me sujeitasse -A ir ao arrozal jantar!
Isto é conversa da Tarambola Que ainda hoje não comeu nada Amanhã tem de ir p'ra Escola -Sem a lição preparada...
Lá está D. Rã à escuta É já manhã! E lá vai ela à labuta. Hoje vai ao arrozal Sim! Porque afinal Das lezírias é Senhora! Todos a conhecem por ali É verdinha, até um pouco loura. E canta bem que já ouvi.
D. Perdiz anda ali perto Cheia de ternura e Amor Não pode andar em campo aberto Está um dia de calor. Tráz os filhotes consigo E D. Àguia é um perigo.
E nas àguas do rio? Há um peixinho brincalhão Que vai numa correria Atrás da mãe e do irmão

E porque era uma vez A história não acaba aqui! Quem sabe um dia talvez... Lhes conte mais o que vi.
rosafogo
Criança, hoje sou, como tal nada como mimar-me a mim própria, fiquei até mais tarde acordada sonhando que não tenho idade para dormir cedo.
Aos amigos que queiram ter a paciência de ler e também à «POETIZA das CRIANÇAS amiga STEREA» ela sim com um jeitinho especial, deixo esta cantilena ternurenta.
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