
Lasqueiro
Data 13/01/2010 19:42:53 | Tópico: Poemas
| O prazo era algoz Corria que corria Ia tirar o pai da forca Mas a platéia vítrea Não deu passagem.
O zunido era atroz Mil monólogos de buzinas Pelo incidente imprevisto Levou ainda bela multa Ao ralentar desgraça alheia.
O peixe gordo ia à foz Estancou na correnteza Pelejava reto ao velho lar Turbinas impediam avançar Piracema ressecou salgou.
O marsupial e sua noz Agarrados na tempestade Trovões de troncos quedados Afligiam na rubra alvorada Banhavam de fogo e enxofre.
O menino de fina voz Queria só era crescer Veio mestre e palmatória Fez piada do tal querer Restava apenas envelhecer.
A alegria era feroz Conheceu a solidão Amizade do avesso Quietou empolgação Fez de nobre o tédio.
O pensamento tão veloz Desceu do bom corcel Foi tomar uma cerveja Arrotou fel de desilusão Fez meiavolta se enterrou.
Voava alto o albatroz Viu longe ouro reluzir Mergulhou em ambição Pepita fatal o perseguiu Do estilingue do capital.
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