
Relógio do Desamor
Data 11/01/2010 13:29:01 | Tópico: Poemas -> Desilusão
| Relógio do Desamor
Sol amanhece, O galo não acorda Relógio marca tic tac incessante Som mortal de rajadas Amor fica adormecido no irreal
Horas imperam como senhoras Do tempo vagaroso, do silêncio de mora Coabita o momento, primo irmão da era Na atmosfera de vazios sem fim Amor anseia anseios sem saída
Dia inteiro, repasso eterno Contraposto terno da inocência ardil Semear flores, colher joios, em horas a fim ditames ferrenhos do senhor do tempo Esvaziando o templo intacto Horas passam a plenitude avessa Saber da alma que se arremessa No precipício de matizes cinzentos Amor ali estirado próximo à extinção
A morte é lenta e certa no dia a dia.
Ao canto da vida, a casta profanada está No vazio das horas que o silêncio abrolha...
O amor morre, mas sempre renasce...
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