
Sobre um sorriso bidimensional
Data 09/01/2010 13:06:03 | Tópico: Poemas
| estavas enterrada, não pergunte, por gentileza, com quantas pás, de sentimentos desprezíveis...
o que sei, ou melhor, o que posso dizer, é que estavas, definitivamente, adormecida em um, daqueles muitos cantos, em que deixamos, nossos erros, e todos aqueles, que com eles, e, deles, muito ou tudo perderam...
qual, sete cordas, o mágico violão, rompeste, delicadamente, as amarras, que, embora sem razão aparente, foram-lhe impostas...
e surgiste, linda, a sorrir-me, um sorriso, que, de fato, não era meu...
alguma versão, sofisticadíssima, da rolleiflex, de um certo joão, roubou-lhe, com consentimento, este que é, o mais belo sorriso, que, roubado, recebi...
e, com a que, tive a sorte de, deus receber, gravei, teu sorriso, sim, este mesmo, o bidimensional, em minha, fraquíssima memória. para não mais esquecer...
levaste-me, sem querer, a lugares, que, juro, pensei não existirem mais...
não é, como te disse, o lance, da carne, na carne...
é mais...
e, por isso, sou grato...
avisar, como dizem, é hábito, sempre recorrente, de quem amigo é, ou diz ser...
receba, portanto, o aviso, de que, de hoje, e, para sempre,
estás, e, estarás, comigo...
e isto, minha cara, não está em discussão...
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