
Ode ao ano velho
Data 01/01/2010 21:55:41 | Tópico: Poemas -> Introspecção
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Estás de partida, meu amigo! Ainda ontem eras uma criança E hoje definhas já sem brilho no olhar.
Na verdade, parece que todos Te querem ver pelas costas, Como se fosses um mero traste.
Ano velho, meu amigo!... És a metáfora do próprio homem, Mas parece que ninguém o percebe…
Nasceste e fizeram-te uma festa, Com alegria, foguetes e champanhe - Qual Primavera de encantamentos.
Depois, as Estações misturaram-se Numa dualidade de sentimentos intermitentes… O Outono veio claramente virar a página.
Frutos colhidos, folhas com tons esbatidos, Assim vieram as rugas e os cabelos brancos, Anunciar o Inverno que ninguém deseja.
Ah, ano velho, meu amigo!... Estás cansado e cumpriste o teu papel, Mas apesar disso, sentes-te um peso…
Nos olhos daqueles por quem lutaste, A certeza de em breve te oferecerem flores, Como quem abre uma garrafa de champanhe!
31.12.2009, NelSom Brio
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