
HOJE, AINDA E SEMPRE…
Data 15/12/2009 22:28:54 | Tópico: Poemas -> Amor
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Nem o estrépito das chuvas a norte quarto vazio e o escárnio de meu espelho ofuscam minha lembrança de ti o teu ser sereno, humilde e emocional.
Do espelho vejo as desavenças da vida e a metade do homem que já fui um dia de ti vejo a recompensa na insistência em chamar de novo o amor para os meus braços.
Amor que não me negaste e acreditando em mim deixaste-te abraçar há espera de ser bem tratada e cuidada tudo que eu tinha por almejo entregar-te.
Se os primeiros dias foram de sonho este ainda hoje prevalece, como o melhor que há em nós, nardos e malmequeres que eu um dia plantei em meu jardim.
Vieram tempos de ventos rigorosos folhas opacas mostrando o seu inverso ficando o verso mais forte que qualquer contratempo que nos fez silêncio.
O silêncio de quem não precisa de falar para saber dos cuidados a remeter ao outro, pois em nós tudo são palavras fáceis gestos de anseio ou de uma revelação.
Deixo que a chuva cai desgovernada e que as gostas batendo nos vidros sejam aquela figura que se desenha a cada desejo meu de ter-te a meu lado.
Fomos feitos um para o outro, nisto não restam dúvidas, por mil caminhos percorridos és sempre tu que estás à minha espera de braços abertos para me acolher.
E os meus em forma de asa se dispõe ao calor de teu corpo benesses receberem como o bem maior a estes dois jovens que se entregaram sem quaisquer reticências.
Jorge Humberto 15/12/09
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