
Incarnatione
Data 04/07/2007 13:16:39 | Tópico: Poemas
| Incarnatione
Amo-te incondicionalmente. As sombras movem-se silentemente Sobre o deserto de teu corpo e tu' alma. Minha mente se restringe a calma Que teu beijo provocara em minha boca Coberta pela perfeita e louca Feitiçaria de Vênus, despida sobre as conchas Ao mar de Netuno - espumas Que sibilinam suas generosas saliências. E que de Apolo irradia um sumo de ciências Exóticas e as nuanças da luxúria. O Zéfiro a sobrar seus longos cabelos E despindo sua "flor-de-vênus" Instigando minha "espada caliente".
Amo-te suave. Sufocado arrancando em suaves beijos mordidos. Isso move-se completamente em minha pele Quanto a tua, agarrando-se em vossos peitos. Quero atravessar os continentes cálidos, Tuas travessias quentes e túrgidas, Enfrentar as feras invioláveis e indomáveis. Vais a me desperta um amor tão vivo Até vós nos matais deste. Despindo-nos e abraçando o meu peito nu.
Sensações que, indecentemente, nos exalam Para nos purificar: "Incenso da Alma". Ventos que nos roçais a pele em nossas genitais, Sensações que queimam, gemem e se distribuem por todo o corpo. E que nos cedemos aos gritos exóticos. As pontas traiçoeiras de meus dedos Desesperam-se para vos tocar e socorrer - Lascivos provocadores apertando os membros flexíveis, E que vos fazem suspirar de sensações profundas - Prisioneiras de guerra até que se solte O último suspiro de amor dado, E as línguas se soltem, os lábios suados.
Vais a me dar e sofrer de amor Consumindo pelos palpitares das termas regiões De nossos corpos, em um silêncio Ou incerteza doutros amores Outrora desfeitos. O desespero, inquietação, porém de paixão Irascível e concupiscente. Porém de morte amorosa. Ó lentidão eufórica de nossos sentidos. Amo-te incondicionalmente. Porém de morte psico-amorosa.
[Davys Rodrigues de Sousa - terminada às 7 a.m do dia 20/11/2004]
|
|