
O novo pinheiro de Natal
Data 05/12/2009 16:17:26 | Tópico: Poemas
| E se o mar revolto se tornasse no cadinho onde o tempo perpetuasse o infinito?
Plantaríamos fogos fátuos nas montanhas lunares e nos equinócios escreveríamos sinais e com lumes acesos aqueceriamos os silêncios e as solidões alheias e nuas para que de cada nova noite se soltasse um grito mais e tantos que o coro de todos eles fosse a seara ondeante dum trigal de espigas loiras sem ses nem mas nem talvez nem nada que não fosse sorriso e luz alegria e paz!
E ainda assim este poema tem a encimá-lo o se que tanto doi a quem só tem dores para desfiar à lareira dum fogo que não arde porque a esperança está prestes a morrer no borralho da cinza quase extinta!
Apesar do pinheiro verde, cinzento é quase tudo o que à sua volta se move impaciente e impassível, no alheamento dum tempo frio onde os corpos grangrenados se escondem sob papelões velhos a esconder o abandono dos simplesmente abandonados!
Em 24/11/09, pelas 20h30 Paulo César
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