
«« O poeta aos meus olhos ( XI ) ««
Data 02/12/2009 11:33:20 | Tópico: Sonetos
| ( Regresso ) Lisboa a seus pés
Voltei nos braços nus da branca aurora Regozijo em madrigais orvalhados Ai saudades desta Lisboa e seus fados O trinar de uma guitarra pra sempre chora
Nova Arcádia acolhes-me, agora Reconheces os meus versos inebriados Seduzes-me nos poemas declamados Mas logo, bato a porta e vou embora
Gentinha em rodopio bate no peito Poeta maldito sim mas de génio Nunca poeta mudo ou contrafeito
Felinto mestre, grande e senhor Em missivas arrasas este convénio Que por força me quer mudo, o coesor
Antónia Ruivo Em 1790 depois de muitas peripécias e sofrimento, com o estatuto de desertor e mendigo em terras do Oriente Bocage é repatriado por caridade para Lisboa onde é recebido pelos amigos fieis que o vestem e sustentam, Bocage paga-lhes com os seus versos e com os relatos das suas aventuras, torna-se membro da Nova Arcádia onde será conhecido como Elmano Sadino, depressa surgem divergências e Bocage bate com a porta, entretanto o grande mestre Filinto vai-lhe tecendo elogios
|
|