
Soneto de mansidão
Data 21/11/2009 13:58:48 | Tópico: Sonetos
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Pouso meu semblante calmo em uma nova paisagem. Minhas inquietações de insônia não mais vigoram. Sou a poesia grata aos meus olhos de miragem, e o rubro sereno vívido das rosas que afloram.
Pairo sobre uma primavera de rara imensidão. Não recorro aos desamores e nem aos vãos dizeres. Meu ermo agora povoa-se de mim em vastidão. Completo-me nos meus intensos quereres.
Como o plácido lago que espera o toque do vento, acalmo o meu vago respirando o amor que tenho, seguindo como quem vive somente de acalento.
Tenho a alma calma dos dias de mansidão. Sigo escutando o eco dos meus passos, Como quem escuta o destoado coração.
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