
Lapidador
Data 15/11/2009 04:42:15 | Tópico: Poemas
| A Eternidade viva Todo instante enclausurado no monumental impostergável do já infindo Nós gemas raras Estrelas multicôrmultitôm versando ao negrume da meianoite suas signatas em névoas néon inefáveis.
O amor tão simplório e sagaz Solução tão complicada Assaz pungente e lancinante Nos fendendo em abismos de vórtices plásmicos Unfinitudes em vôo quântico tão bregas e mesquinhas A purificação tão ardil e perniciosa de nossos umbrais enfadonhos Seus lamentos fora do tempo amargando as entranhas da mãe O mar refulgente de platina do coração do tudo Estático e extático em progressão geométrica multipolar exacerbada A pedra de luz digital sem fim que é cada mínima indivisível partícula do cosmos.
Uma inguinorância sacana esclarecendo aumentando o volume do estéreo Os pés lépidos tépidos déspotas mártires de toda alegria ardente e muda do bailado elememental O hálito pulsante duma biosfera sem últimas instâncias O ar livre de nossa morada beirando cingindo a tangente púrpura do impétuo Nossos ângulos e eixos e demandas e gozos Nosso musgo nosso gosto nosso nojo e o doce O inevitável infinitamente recorrente macio e deleitoso como pudim de leite da vovó A vida que se esquece de viver Se esquece de planejar e de maldizer A vida que se esquece de si no apogeu de sua glória O patamar sem nome nem rumo de sua maturidade Seu labirinto desovando o suspiro da presença.
23 de Abril de 2008. ORGASMAGIA http://orgasmagia.blogspot.com/
|
|