
Plim
Data 09/11/2009 18:14:35 | Tópico: Poemas
| Certa feita disse-me a filosofia Ama ao querer que te inspira a morrer Cultiva a vontade não a deixa esmorecer.
Certa feita disse-me o profeta Do futuro desgrenhado de fragmentos Ama e te devota à visão mais límpida do sol Põe abaixo a vingança e ergue o palácio da alegria.
A guerra não é mais entre ricos e pobres O embate de classes é poeira de biblioteca Hoje há um grande irmão que nos contempla Sua maldição fraudulenta é oxigênio cifrado Corporocracia mascarada duma vã tirania.
Suspenso em alienação criogênica O relâmpago partiu-me em mil Denovo e denovo até fazer-me em pó E soprado em ode eólica fui varrido pro vazio O desatino do esquecimento destituiu a prosa Até que um Leônidas seletivo me convocou Bradou não à misericórdia não à rendição.
Certa feita algo em mim quis morrer pela virtude Como dádiva inequívoca à terra que me pariu Vis retribuições pelo sangue que me corre.
Certa feita aprendi e desaprendi a superação Afogado na moléstia corrupta do cotidiano Perdi-me da sina violenta de guerrilheiro Por força de paz romance brio e atino.
Até que o destino colheu um botão branco Regado do plasma e da própolis da loucura Floresceu confidente o desejo ardente Decisão irretocável de batalha pungente Quis novamente crer nalgo por que cair.
Vesti uma armadura flúor em sétima dimensão Armei-me ao dentes de saber e conspiração A guerra corria silente e poucos reconheciam-na Mas o coração derradeiro atirou-se ao precipício Acreditou outra vez que o melhor a se viver É a causa impétua pela qual valha morrer.
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