
ÁS PORTAS DA PSICODELIA POÉTICA
Data 05/11/2009 13:15:25 | Tópico: Poemas -> Reflexão
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Ando comendo água pela vastidão dos bares da mente. Ando zarpando pelo Atlântico da memória náufraga, dolente e incontinenti! Ando constantemente prenhe de paisagens Pululantes e sôfregas por gente.
Ah, Como eu queria Que soubéssemos Ser o errático bólide do córrego infrene:
Conhecendo o sentido de se estar Com a planta dos pés na terra;
Levados pelo remanso De se estar plenamente Ao sabor do ar livre;
Dispostos a polenizar a matéria Do desconhecido que --- á nossa frente --- Placidamente fica á espera.
Ando sob o efeito Da alterosa poeira, Deixada pela energia cinética das ideias Quais rebentam dos pensamentos quânticos:
Olhar além da gravidade, Cujo códice de leis nos circunscreve e rege;
Mergulhar no infinito oceano De mundos paralelos, Fervilhando nos átomos Da nossa pele e osso;
Flutuar sobre a onipresente Neblina da estupradora Tirania, Juntando-me ás Estrelas Que formem a Luz da Chama Coletiva Para derrotarmos a pérfida Realeza da Hipocrisia E parirmos --- finalmente --- O Reino da Pax-Poesia.
Ah, que temeridade que digo: A bem da verdade, Estou comendo água demais por dias a fio!
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
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