
QUANDO O POETA AMA
Data 27/06/2007 14:54:38 | Tópico: Sonetos
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Quando o poeta ama é tal a sua intensidade, Que bem revela nos outros a sua integridade. (Veste flor escarlate – no peito a põe – e a outra, Que no bolsinho guarda, na lapela se apronta).
Quando o poeta ama, ama com tanta verdade Que não há amor no mundo com tal afinidade. (De camisa de folhos se reveste, com sobretudo A condizer – relógio de bolso, parado e mudo).
Quando o poeta ama, ama sem ter condição, E é tanto maior o seu amor quanto mais ele ama, E bate forte o seu descompassado coração.
(Sapato e joanete, calça bem vincada e colete são O resto da indumentária). Quando o poeta ama A uma mulher, ama-a sobretudo com sofreguidão.
Jorge Humberto 25/06/07
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