
POÉTICO
Data 27/06/2007 12:22:10 | Tópico: Poemas
| POÉTICO (Davys Rodrigues de Sousa) Fala Poeta! És palavra efêmera Para se casar com a eternidade. És a paragem da guerra. E no seu grito, a alma encerra. Vá, colha a centelha viva de cada poema, e espera. A alma fere-se em constantes silêncios, Delira, xinga o mundo e grita obscenidades à lírica efusiva, Mórbida, chorando cheio de dor e esquecimento. Fala Poeta! Não foi apesar de sua morte Às ideologias, que te fez toda sorte? Cala-te, ouça-te falar o breve silêncio do forte Que quebra a lei de Sócrates: O silencioso! Fala Poeta! As palavras transitam em metamorfose. Buscam de imediato e sob breve aviso, As palavras - o enunciado: a morte!, Afim de que ela liquefaça a mente Ligada aos pensamentos: à sorte. Fala Poeta! Saudam-te as palavras. Pois, és deus desde a criação da palavra, E para ela nada impera eternamente: Tudo vira cinzas e renasce.
|
|