
Falcão-peregrino
Data 28/10/2009 01:44:52 | Tópico: Poemas -> Tristeza
| Confiro o banco da viagem Desdobro o caminho nos passos carregados da cruzada Aguardo…
Aguardo por obliterar Olhando lá fora Vendo-me Falcão-peregrino Voando margens
O deserto escava a fome Há muito, corpo de estepes secas São as fendas É a fronteira Adeja o despojado Dissipa-se no nevoeiro da terra trilhada Batido entre grãos torpes indigestos
Miragens revoltas Confundo dias inflamados Vultos de carvão e horizonte Odores de chama carrasco
Levaram o destino Queimando-me o seu sorriso nutrido Alguém o levou Ido em carruagens de flautas poente Cascas quaisquer afiguradas dum imagino pesadelo verosímil Reais, os traços Os que marcam a cruz A bruma imolada à qual me sopra Sou a chuva de pus nas cordas da voz Solimão que em mim a noite uiva e as mãos me ceifam sós
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